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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sem saudade



Sem saudade
contigo vagava no escuro
sem uma luz a me guiar
me batendo pelo mundo
num vôo cego sem radar
não enxergava a mim mesmo
achei que se amava e sabias amar
só me dava sem nada pedir
me entregava cada vez mais
mas foi apenas devaneio
ilusão do que poderia ter sido
não forçava por paixão
mas era muito destemido

nem santo, nem demoníaco
mas tão inocente assim
para voce me adapatar
finalmente criar raízes
de acreditar sem temer
como confio em mim
pensando no meu arco-íris
com um pote de ouro no fim
esperando que enxergasse
tudo que eu sempre quis
e mirasse no futuro,
nosso pôr-do-sol feliz

fomos muito diferentes
em nossa forma de amar
enquanto queria teu riso
a ti bastavas me usar
pensavas apenas em si
enganando seu próprio viver
traiu seu melhor amigo
me perdendo sem saber
plural eu conjugava nós
queria realizar com você
o sonhos de uma vida plena
tu eras tudo o que queria ter

queria te completar
preencher esse teu vazio
em seu peito me plantar
para colheres amor enfim
o namoro, a amizade
seu amante, um querubim
um parceiro para vida
unidos até o fim
em nossa caminhada
saber driblar espinhos
guardar somente as flores
para semear nosso jardim

certo de nos completarmos
comandei o instinto selvagem
queria prazer só com você meu par
amando sem promiscuidade
não mais ser  fogo de verão
ser as quatro estações sem saudade
mas como o amor está em quem ama
e não no ser que é amado
não lamento nosso fim
por sozinho ter sonhado
e sem saudade estou vivendo
pois nunca estiveste ao meu lado
descartei meus sentimentos por você e compreendi
melhor deixar sua infantilidade e egoísmo
e ir em frente sem saudade do que nunca tive

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